domingo, 24 de abril de 2011

Sobremesa de Peras ao Vinho Tinto



Peras ao Vinho Tinto 

10 peras portuguesas descascadas
10 colheres de sopa rasas de açúcar 
5 unidades de cravo da índia 
400 ml de vinho tinto de sua preferência
400 ml de água

Coloque todos os ingredientes numa panela ampla, de modo que as peras fiquem acomodadas uma ao lado da outra. Leve a panela ao fogo e quando começar a ferver diminua a chama e deixe cozinhar até o caldo baixar pela metade e produzir bolhas do tamanho de uma lentilha. Levou duas horas e vinte minutos. Suponho que possa ser feito na panela de pressão. Feliz Paladar!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Frango Com Suco de Laranja



Frango Com Suco de Laranja

Ontem, à tarde, enquanto preparava o tempero do frango, deixei escapar da minha mão o potinho do colorau que caiu e se quebrou e eu fiquei sem o tempero. Então, para dar cor ao preparo decidi que usaria um pouco de catchup. Também nunca antes me ocorreu usar um pouco da casca da laranja para perfumar: a intuição é infalível quando nosso medo de segui-la não nos tira do caminho.

Ingredientes:
5 peças de coxa e sobre-coxa de frango
2 colheres de sopa de vinagre
8 grãos de pimenta do reino pilados
4 dentes de alho pilados 
Suco de um limão
Sal a gosto
Suco de duas laranjas
1 colher de sopa de catchup
1 colher de sobremesa de tirinhas de casca de laranja picadas
1 colher de sobremesa

Modo de fazer:
Ponha as peças de frango numa bacia, cubra com água e adicione o vinagre. Deixe descansar durante meia hora. Ponha a pimenta do reino, o alho e o sal no pilão e deixe tudo bem amassado. Adicione o suco de limão, misture bem e o tempero está pronto. Reserve. Retire o frango do banho de água e vinagre. Corte os excessos de gordura conservando alguma pele. Lave os pedaços e ponha para escorrer bem. Ponha o frango numa vasilha de vidro e tempere com o tempero que ficou no pilão. Cubra e leve à geladeira para passar a noite.
No dia seguinte, misture o cachup ao suco de laranja e ponha no fundo de um refratário. Deite por cima os pedaços de frango com a maior parte do couro para baixo. Espalhe por cima a casca de laranja picada e o orégano. Cubra com papel alumínio e leve para assar em forno pré-aquecido a 200º.
No meu forno só abro a porta uma hora depois. Retiro o pape alumínio e deixo corar do lado de cima. Tiro do forno, viro os pedaços de cima para baixo e levo ao forno até ficar corado novamente. Está pronto.
Feliz paladar!
   

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Torta de Banana





Recebi a receita dessa torta de banana de minha comadre Elbinha há mais de quatro décadas atrás. Desde então ela está presente na nossa mesa e conquistou um fã clube considerável. Em época de casa cheia de surfistas, amigos do filho, era a salvação para repor as energias. É melhor que seja feita com bananas bem maduras. 

Torta de Banana
Ingredientes da massa: Cinco colheres de sopa bem altas de farinha de trigo sem fermento, branca ou integral, cinco colheres de sopa de açúcar branco ou mascavo, uma colher de sopa rasa de canela em pó, uma pitada de sal.
Duas colheres de sopa de manteiga e duas dúzias de bananas prata bem maduras.
Numa vasilha misture bem os ingredientes da massa. Unte um pirex com manteiga e polvilhe com a mistura da massa. Descasque as bananas e corte-as em fatias finas ao comprido. Coloque as fatias de banana lado a lado no refratário fazendo uma camada e polvilhe finamente com a mistura da massa. Alterne camadas de banana e de massa, terminando com a massa. Distribua por cima a manteiga em pedacinhos e leve ao forno para assar.   

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Chipaguassu : um quitute sem glúten


 Flávia e eu
o fruto da parceria



Chipaguassu   (Chipa = Milho  Guassu = Grande)  Milho Grande   

O quitute de hoje vem do Estado do Paraná e é de origem indígena Guarani, trazido e ensinado por Flávia Muluc*, uma descendente. Depois de experimentarmos seu sabor original, surgiram idéias de recheio. A primeira experiência foi com carne moída refogada com temperos e bem sequinha. A combinação ficou muito saborosa, no dizer de quem provou... É um quitute sem glúten. Esse preparo da carne moída é um coringa na minha cozinha. Entra em recheio, sopa e macarronada, para dizer o mínimo.

Chipaguassu

Ingredientes:
5 espigas de milho verde
1 cebola média picada
4 unidades de cebolinha verde picada
2 dentes de alho picados
Meio pimentão verde picado
1 tomate médio fatiado em rodelas finas
2 colheres de sopa de azeite
Sal a gosto
1 xícara de chá de queijo coalho ralado grosso
1 pitada de três dedos de orégano
1 pitada de dois dedos de pimenta do reino
1 fio de azeite para regar antes de levar ao forno

Modo de fazer:
Com uma faca, separe os caroços de milho do sabugo. Se preferir pode ralar no ralador grosso que é o modo original de transformar o milho verde em massa! Eu triturei, pacientemente, no liquidificador sem adição de liquido. Coloque a massa obtida numa vasilha e reserve. Numa frigideira, refogue no azeite o alho, a cebola, o pimentão e a cebolinha até murcharem, adicionando sal e pimenta do reino a gosto. Retire do fogo e deixe amornar. Unte um refratário com óleo ou manteiga e polvilhe com fubá de milho. Agora, misture a massa do milho com o refogado dos temperos e o queijo ralado, até ficar homogêneo, e coloque no refratário, alisando para ficar distribuído por igual. Cubra com as rodelas finas de tomate, perfume com o orégano, regue com um fio de azeite e leve para assar em forno pré-aquecido. Está pronto quando estiver dourado.
Se quiser incluir um recheio, use a metade do preparo para forrar o refratário, espalhe por cima, distribuindo por igual, o recheio de sua preferência, que deve estar enxuto, cubra com a outra metade do preparo e finalize como indicado, ou use sua criatividade.
Feliz paladar! 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Uma Massa Para os Recheios de Sua Preferência






Hoje, no meio da tarde, conversava pelo skype com minha irmã Téo que mora em Atenas, e é claro que falamos também de receitas e de receitas com abobrinhas... Logo em seguida precisei preparar algo para o jantar, mas só tinha na geladeira sobras de algumas coisas, uma abobrinha no depósito das verduras e a cebolinha verde já picada. Senti um grande desejo de experimentar o processamento da abobrinha que ela me ensinou e incorporá-la num recheio improvisado, feito com sobras e incorporado à massa de torta que gosto muito, porque é leve, fácil de bater no liquidificador e o resultado é uma torta leve e cremosa para os recheios que podemos inventar. Apesar da consistência cremosa, o palito do teste sai seco!

Massa Básica:
2 ovos inteiros
200 ml de leite integral ou desnatado
2 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa muito cheias de farinha de trigo
1 colher de sobremesa rasa de fermento em pó
1 pitada de sal
Bate tudo no liquidificador, menos o fermento. Quando estiver homogêneo, adicione o fermento e dê mais uma batida rápida, e a massa está pronta.

Recheio Improvisado 
2 cebolas medias picadas
Meio pimentão verde picado
6 unidades de cebolinha verde picada
1,5 xic. de cha de palmito em cubinhos, muito bem drenados
1 abobrinha grande, ralala
1 xic. de chá de carne moída, refogada e bem sequinha
1 xic. de chá de queijo de coalho ralado grosso
1 colheres de sopa de salsinha picada
2 colheres de sopa de azeite
Sal a gosto
Um refratário untado com manteiga e enfarinhado.

Modo de fazer: Rale primeiro a abobrinha, tempere com uma pitada de sal, misture bem e ponha para escorrer numa peneira enquanto prepara o resto dos ingredientes. Leve uma frigideira ao fogo com o azeite e refogue primeiro a cebola e o pimentão até murcharem. Adicione a cebolinha e continue refogando até dar uma murchadinha. Adicione o palmito e a carne moída, misture bem para homogeneizar e tire do fogo colocando numa vasilha grande para esfriar. Acenda o forno. Prepare a massa como indicado acima. Adicione o queijo ralado ao recheio na vasilha e a abobrinha escorrida e bem espremida e misture tudo muito bem até sentir que ficou homogêneo. Adicione agora a massa batida no liquidificador, misture bem, ponha na forma untada e enfarinhada e leve para assar em forno pré-aquecido até ficar dourada, por aproximadamente 50 minutos. Feliz paladar! 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pimentões Verdes Recheados




Hoje os pimentões verdes estavam ótimos no mercado e não resisti!
Nas fotos: O crú e o assado!
Feliz Paladar!










Pimentões Verdes Recheados

Ingredientes:
9 pimentões verdes médios
Tire uma “tampa” de cada pimentão, pelo lado do cabo. Com uma faca pequena descarte as sementes e as nervuras dos pimentões, tendo o cuidado de não feri-los ou rasgá-los. Lave-os em água corrente e ponha-os a escorrer com a abertura para baixo.


Recheio:
1 cebola media ralada
2 dentes de alho ralados
2 unidades de cebolinha verde picadas
10 folhas de hortelã picada
2 colheres de sopa de salsinha picada
2 colheres de sopa de pimentão picado, aproveitando a sobra das “tampas”
2 colheres de sopa de azeite  
1 colher de sopa de catchup
Sal a gosto  
9 colheres de sopa rasas de arroz cru
Meio quilo de carne magra moída

Coloque todos os ingredientes numa vasilha e misture muito bem, amassando com a mão, até sentir que a mistura do recheio ficou homogênea. Recheie os pimentões até mais ou menos um centímetro abaixo da borda e coloque-os, lado a lado, num recipiente que vá ao forno e acrescente os ingredientes da finalização. 

Finalização: 
4 batatas pequenas, descascadas e cortadas em quatro no comprimento
1 caixa de 500 ml de polpa de tomate
1 colher de sopa rasa de açúcar
300 ml de água

Numa vasilha, faça um molho misturando muito bem a polpa de tomate, a água e o açúcar. Encaixe os pedaços de batata nos espaços entre os pimentões. Cubra tudo com o molho. Cubra tudo com papel alumínio e leve para assar a 180º em forno pré-aquecido.
Meu forno leva duas horas. Na metade do tempo, tiro o recipiente do forno, tiro o papel alumínio, viro com cuidado os pimentões de baixo para cima e devolvo ao forno destampado, até ficar “corado”. O tempo de assar varia de acordo com o forno.

Feliz Paladar!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Metáforas da Cozinha para a Comunicação do Dia a Dia

Recebi o texto que segue, entre aspas, de uma amiga de Brasília. Ela não sabe quem é o(a) autor(a) e eu quero aqui partilhar essas metáforas e agradecer à pessoa que se deu ao trabalho, e ao divertimento, eu espero, de reuni-las. 
 Feliz paladar!

Mandala de Quiabo das hortas de Lagoa Redonda


"Pergunta:   Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?

Resposta: Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce, mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.

E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher lingüiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega à cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
Entendeu o que significa “no frigir dos ovos”? "













terça-feira, 22 de março de 2011

Molho Multiuso

Fatiazinha de pão amanhecido


Molho Multi-uso 
Numa vasilha misture muito bem os seguintes ingredientes: Uma colher de sopa de cada: suco de limão, mostarda de Dijon, molho de soja, mel, catchup; Uma colher de café de cada: gengibre ralado, alho amassado, orégano, sal;Duas colheres de sopa de azeite e quatro de água. Geralmente vou medindo e colocando os ingredientes num pote com tampa: agito para misturar e, depois, agito sempre antes de usar!
Este molho serve para temperar saladas cruas e legumes cozidos e se conserva bem na geladeira por uma semana acondicionado em recipiente de vidro destampado.
Também, pode ser usado como tempero para macarronadas, saladas cruas e cozidas, carnes grelhadas na brasa, para assados no forno, como pedaços de frango, almôndegas, filé de peixe, etc., e para tudo que seu coração pedir e sua intuição inspirar: Infinitas Possibilidades. 

domingo, 20 de março de 2011

Peixe ao Forno



TILÁPIA AO FORNO

INGREDIENTES: Uma tilápia inteira de um quilo aproximadamente. Uma cebola grande cortada em rodelas finas e separando os anéis. Rodelas de 1 cm de batata inglesa suficientes para cobrir o fundo da travessa em que você vai assar seu peixe. Dois dentes de alho pilados. Um tomate médio em rodelas. Uma xícara de chá de vinho branco seco. Uma colher de sopa de salsinha picada. Duas colheres de sopa de suco de limão. Duas colheres de sopa de azeite. Sal a gosto e uma colher de café de orégano.

Lave a tilápia e deixe escorrer bem. Verifique o tamanho da assadeira que vai caber o peixe confortavelmente. Faça 2 ou 3 cortes em diagonal no peixe em ambos os lados.  Misture o alho, o sal o limão e a salsinha e tempere o peixe por dentro e por fora colocando o tempero nos cortes. Deixe repousar numa vasilha enquanto prepara os outros ingredientes. Ponha água na assadeira em que vai assar o peixe e vá descascando as batatas, uma a uma, fazendo rodelas e forrando o fundo da assadeira até completá-lo. Tire as rodelas de batata da assadeira e ponha numa panela, cubra com água e uma pitada de sal e cozinhe até que fiquem cozidas, mas sem desmanchar.  Escorra as batatas numa peneira.  Descarte a água que ficou na assadeira quando você retirou as rodelas de batata. Seque a assadeira e comece a montagem: coloque primeiro os anéis de cebola, reservando alguns para o fim. Ponha em cima da cebola as rodelas de batata. Em cima da batata coloque o peixe. Regue tudo com o vinho branco. Coloque os anéis de cebola reservados em cima do peixe. Cubra tudo com as rodelas de tomate, regue com o azeite e salpique com o orégano. Leve ao forno pré-aquecido e asse por 40 minutos mais ou menos, a depender do seu forno. Em todo caso faça uma verificação com 35 minutos e complete o cozimento se necessário. Serve 4-5 pessoas. Acompanha arroz branco e salada de folhas. Em peixes menos gordos que a tilápia pode acrescentar um pouco mais de azeite.

Esse preparo funciona com outros peixes também, inteiros ou filetados. Pode substituir o orégano por alecrim ou ervas finas. E é claro que tudo fica muito mais gostoso quando cozinhamos com prazer e gratidão pela oportunidade de fazê-lo.